segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Valadares e Pedrinho põem fim à desavença



Blog - Jozailto Lima - 09/12/2010 07:39

Há cerca de três semanas aconteceu um fato marcante de ordem política e familiar em Sergipe: o senador Valadares, PSB, e seu sobrinho e deputado federal Pedrinho Valadares, DEM, puseram na cesta do lixo uma birra funda que separou os dois durante oito longos e atormentados anos e partiram pro abraço fraterno.
A relação entre o tio e o sobrinho foi como de pai para filho até dezembro de 2002. E 1990, ainda governador, Valadares fez dele um deputado. Mas em 2002 João Aves, então governador eleito, o convidou para e ser secretário de Turismo. Pedrinho aceitou, Valadares, que se opunha, discordou, mandou que ele saísse do PSB e o deserdou da relação afetiva e política.
Foi um golpe duro em sua vida. Mas a birra entre os dois nunca foi um consenso de família. Antes de firmarem o armistício numa conversa em fim de expediente no plenário do Senado, Dona Caçula Valadares, mãe de um e avó do outro, do alto dos seus 84 anos chamou Pedrinho em casa e lhe intimou: "Meu filho, se vocês têm de fazer as pazes, e tem mesmo, que façam comigo ainda viva. Depois, será muito triste para mim".
A voz da matriarca calou fundo em Pedrinho, que foi ao plenário do Senado com o pretexto de falar com Almeida e ao adentrar encontrou o tio quase que sozinho. O abordou, foi bem recepcionado e a conversa se deu sem solavancos, de maneira leve e tranquila. Logo que passaram as eleições deste ano, Valadares disse aqui nesta coluna que não ficara alegre com mais uma derrota do sobrinho na disputa, agora pela Assembleia.
Aquela manifestação funcionou como um bálsamo para o sobrinho, que vinha apilando o terreno das intenções de pôr as indiferenças por terra. "Devo admitir que Valadares foi tudo de bom par mim", disse Pedrinho. O reencontro não muda as relações políticas dos dois, que devem permanecer em fronteiras diferentes - Pedro no bloco de João, Valadares no de Déda. Mas tudo indica que fez bem a ambos.

"Mesmo nós estando distantes, eu sempre quis o seu bem", teria lhe dito Valadares, segundo versão do próprio Pedrinho. "Eu queria acabar com esta animosidade há quatro anos atrás", ponderou o sobrinho. "Rapaz, você não sabe como me senti aliviado: foi como se tivesse retirado uma carga pesadíssima das minhas costas. Nunca mais eu tinha dormido tão bem como depois da nossa conversa. Graças a Deus está tudo zerado", disse Pedrinho a esta coluna.

Bom, se até Jackson e Almeida, que vinham de uma turra muito mais feia e virulenta de uma década e meia, ensaiaram passos de pazes recentemente (mas só ensaiaram), não seria demais para esta dupla de tio e sobrinho dar uma passada definitiva. Afinal, guerra só deixa bom resultado para a indústria bélica.

Fonte:  Cinform Coluna Jozailton Lima
Fonte das Fotos: blogger.com/post-edit.g?blogID
Cidadania se faz aqui.
Postado por Júnior de Edna Valadares em 13/12/2010

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