quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Eleição tem interferências do dinheiro e dos coronéis

Publicada: 30/12/2010
Texto: Max Augusto

Em entrevista concedida ao site do Sintese, o deputado federal Iran Barbosa (PT), que não conseguiu a reeleição e está se despedindo da Câmara Federal, afirmou que o atual modelo de disputa eleitoral é cheio de vícios e está cada vez mais impregnado de interferência do poder econômico e da barganha política, sob o apoio do que ele chamou de novos e velhos coronéis.

“Não que esses procedimentos sejam novos nos processos eleitorais, nós sabemos que fazem parte da estrutura político-eleitoral brasileira. Os vícios são sempre denunciados, raramente apurados e quase nunca punidos. É claro que essa forma viciada de se disputar uma eleição dificulta as possibilidades daqueles que se apresentam para o pleito eleitoral debatendo projetos e propostas para resolver os problemas sociais, sem o apoio do grande capital e dos novos e velhos ‘coronéis’”, disse Iran.

Sobre o fato de não conseguir a reeleição, Iran Barbosa deixou claro: todos aqueles que participam de uma eleição sabem que possuem chances de ganhar ou perder. Mas ele avalia que os principais fatores a serem considerados na sua derrota eleitoral sejam as críticas citadas acima. “Não se trata de ter havido uma derrota de um candidato, mas a derrota de um modo de fazer política e de disputar eleição, que embora tenha uma boa avaliação dos mais amplos setores da sociedade sergipana, não obteve a densidade eleitoral necessária para se manter no poder”, continuou o deputado.

Déda e as mudanças

Instigado a fazer uma avaliação sobre o governo de Marcelo Déda (PT), o deputado petista avaliou que ainda é necessário consolidar o projeto de mudanças que foi anunciado ao povo sergipano e disse que a Educação, por exemplo, precisa de um projeto. “Acho que o recente resultado eleitoral deixa evidente que o povo quer as mudanças e por isso reconduziu o governador Marcelo Déda para mais quatro anos”, falou.

Segundo Iran, em setores estratégicos como a Educação é necessário agir de forma democrática e republicana, ouvindo os setores organizados da sociedade. Para ele, a Educação carece de um projeto a ser debatido e executado com urgência. “É urgente que definamos estratégias democráticas e participativas de elaboração do nosso Plano Estadual de Educação. Precisamos de mais recursos para o setor e democratizar as relações dentro desse sistema. Precisamos também de uma política de valorização do trabalhador em educação”, concluiu o parlamentar.
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Fonte: Jornal da Cidade
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Postado por Júnior de Edna Valadares em 30/12/2010

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