Publicada: 25/12/2010
Texto: Max Augusto
Em entrevista ao JORNAL DA CIDADE, o deputado estadual eleito capitão Samuel (PTC) criticou a política de Segurança Pública implementada pelo governo Marcelo Déda (PT), sob o comando do secretário Saulo Eloy. Para ele não há um planejamento de longo prazo e o atual secretário se concentra em empreender operações especiais, que rendem boa visibilidade, mas não garantem maior segurança à população. “Se Déda anunciou que vai manter João Eloy como secretário é porque ele não encontrou outra opção”, disse Samuel.
“No início da sua gestão João Eloy realizou muitas operações. Mas a longo prazo é preciso organizar o policiamento efetivo. É isso que traz um resultado concreto. As operações dão visibilidade e trazem um resultado de curtíssimo prazo. Mas existe uma ação, uma operação especial e depois a polícia só volta ao bairro seis meses depois. E como fica a Segurança?”, questionou o deputado eleito.
O capitão que está deixando a Polícia Militar para assumir mandato de deputado estadual disse ainda que mantendo ou trocando o secretário de Segurança Pública, o mais importante é implementar mudanças nas ações da Secretaria. Para ele é fundamental um maior diálogo com os Conselhos de Segurança Comunitária e um aumento do efetivo das polícias, com consequente interiorização.
Samuel destacou ainda a necessidade de implementar um funcionamento efetivo das polícias fora da capital sergipana, ressaltando a importância de interiorizar a Polícia Civil, que segundo ele, quase não existe no interior do Estado. “São essas ações, de forma continuada, que vão mudar o perfil da Segurança a médio e longo prazo. Para interiorizar a polícia, por exemplo, é necessário combater o desvio de função dos policiais, que atrapalha muito”, avaliou o capitão.
Ele ainda falou sobre a necessidade de modernizar a legislação que envolve as duas polícias, e classificou como um caos as leis que regem a PM em Sergipe. Capitão Samuel também falou que mantém uma boa relação com o secretário João Eloy, que classificou como um grande delegado, que este possui um bom diálogo com os policiais, mas deixou claro: quando chegar a Assembleia, o debate entre eles deverá acontecer. “Vamos ter que falar o que acontece. Vamos cobrar, por exemplo, a quantidade de ocorrências atendidas pela PM e um relatório com a quantidade de inquéritos solucionados, e não a quantidade de inquéritos abertos, como enviaram este ano”, concluiu o novo parlamentar.
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Fonte: Jornal da Cidade
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Postado por Júnior de Edna Valadares em 25/12/2010
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