domingo, 12 de dezembro de 2010

Consumidor já sente aperto no crédito para financiar veículos

Edição do dia 11/12/2010
11/12/2010 21h37 - Atualizado em 11/12/2010 21h37

Depois de anúncio do Banco Central, de retenção de crédito, financiamentos e leasings já estão com novas regras de mercado. O governo quer conter o consumo para evitar alta da inflação.

O sábado foi de muita negociação nas revendas de automóveis. É que nos próximos dias vai ficar mais caro comprar carro sem entrada. E os financiamentos longos, de até 80 meses, estão sumindo do mercado.
Uma avenida de negociações. O feirão atraiu gente interessada em carro e em juros mais baixos.
“Vou comprar o carro em 60 meses. Eu sou professora, tem que ser em 60, sem entrada”, disse Sueli Todoroff Pereira.
A correria é por que o governo mudou as regras de financiamento de veículos. A partir de agora, vai ficar mais difícil e caro comprar um carro, com um prazo superior a dois anos, sem dar, no mínimo, 20% de entrada.
“Se os juros fossem maiores não dava. Aí não ia comprar o carro, ia desistir. Ia ficar com o velho mesmo”, admitiu a professora Viviane Crivelaro Calixto.
O Banco Central também tirou R$ 61 bilhões da economia. O resultado das medidas é que os bancos ficaram com menos dinheiro para emprestar e os juros já estão subindo.
O governo quer conter o consumo para evitar a alta da inflação e para continuar vendendo as montadoras lançam promoções.
No feirão, ainda é possível comprar um carro popular com zero de entrada e financiamento em 60 meses com prestação de R$ 599. A partir de segunda-feira, com a nova tabela de juros, a prestação sobe para R$ 720. O carro financiado, que hoje sairia por R$ 36 mil, a partir da semana que vem vai custar R$ 43,2 mil.
Como as medidas do governo entraram em vigor há poucos dias, as montadoras de automóveis ainda estão se adaptando as novas regras de financiamento.
Uma decidiu não fazer um feirão. Ela manteve a promoção para o modelo mais simples, o chamado modelo de entrada, e, para os outros modelos, ela liberou as concessionárias para darem os descontos que quiserem.
A negociação é caso a caso. Mas aqueles prazos longos de financiamento, de 70 a 80 meses, estão desaparecendo. Hoje, eles chegam no máximo a 60 vezes.
“É difícil de estimar o quanto a gente pode ter um recuo nas vendas, porque a gente vai ter que esperar o mercado se acomodar com essa nova realidade de taxas”, declarou Fabiano Capelasso, gerente de marketing da montadora.

Fonte: g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2010/12
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Postado por Júnior de Edna Valadares em 11/12/2010

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