» Publicada em 05|12|10
Ato consegue grande adesão
Movimento organizado pela vereadora Jeruza Reis coletou assinaturas ontem contra o retorno do tributo
Mauricio Sumiya
Ontem: Manifestação levou dezenas de pessoas à praça Santo Antônio, no centro de Poá
Natália Ramos
De Suzano
De Suzano
Poá deu início ontem, com grande adesão da população, ao movimento popular que tem o objetivo de combater o retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF): o "CPMF Não!". O ato, organizado pela vereadora Jeruza Lisboa Pacheco Reis (PTB) e pela Juventude Democrata (DEM), contou com a presença do deputado federal eleito Junji Abe (DEM).
A coleta de assinaturas para o abaixo-assinado começou ontem na praça Santo Antônio, no centro de Poá, e deve se estender por toda a semana em diversos pontos da cidade. Quando o documento obtiver um alto número de assinaturas, ele será enviado ao Congresso Nacional, Ministério da Fazenda e Presidência da República. Informativos sobre as consequências do possível retorno do tributo também foram entregues.
"Tão importante quanto buscar o apoio de uma pessoa é poder contar com o apoio de alguém que esteja ciente do que possa acontecer, que saiba o mínimo sobre o assunto para, inclusive, poder replicar, levando a informação para dentro de sua casa, para a comunidade onde vive, para o trabalho", destacou Jeruza.
Com a mesma opinião, Junji Abe, que organizou o movimento em Mogi, lembra que o Brasil é o País com a maior carga tributária do mundo e, para explicar por que é contra o retorno da CPMF, ele exemplifica: "Arroz, feijão, leite, remédio, tudo ficará mais caro. Se a alíquota for de 0,38%, os preços irão subir, em média 1,5%. Ou seja, se a compra do mês é de R$ 300, com a CPMF irá custar R$ 305, o equivalente a quase 5 quilos de arroz".
As pessoas que colaboraram com o movimento aproveitaram o ensejo para dirigir palavras de apoio à vereadora e muitas críticas ao possível retorno de mais um tributo. "O que é arrecadado com a CPMF mudou de pasta por diversas situações. O que deveria ser aplicado na saúde foi usado em muitos outros setores. É injusto termos de pagar tantos impostos", reclamou o biomédico Anderson Maurício, de 38 anos.
A manifestação levou famílias inteiras à praça Santo Antônio, como a costureira Lucilene dos Santos Romualdo Torres, 40, que incentivou os filhos Leonardo, 11, e Letícia, 10, a também assinarem o abaixo-assinado. "É bom que as crianças aprendam desde cedo a reivindicar seus direitos. Isso (CPMF) não resolveu nada até hoje, não tem por que voltar", explica.
Nadia Brito de Oliveira de Sousa, 28, foi acompanhada da mãe prestar apoio ao "CPMF Não!". Ambas mostraram indignação contra a medida que voltou ao cenário político no início de novembro, quando a maioria dos governadores eleitos demonstrou interesse em restabelecer a contribuição. Ela foi extinta pelo Senado em 2007. "Tudo o que consumimos tem impostos muito altos. Ninguém mais aguenta pagar os absurdos que nos são cobrados. É um retrocesso para o País".
Cidadania se faz aqui.
Postado por Júnior de Edna Valadares em 04.12.2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário