Surpreendendo na primeira tentativa como candidato, João Somariva Daniel (PT), foi o sexto mais votado em Sergipe, com cerca de 30 mil votos. Apontado antes nas pesquisas entre os mais cotados para assumir uma vaga no parlamento, o representante do Movimento Sem Terra (MST) do Estado espera ser a voz do homem do campo dentro legislativo. Pretendo ser um representante que atue em defesa da reforma agrária e de todos os representantes do campo, da pequena agricultura e de todos os movimentos que lutam por Justiça no Estado, terra, trabalho, moradia, educação e saúde.
O deputado eleito João Daniel tem uma história ligada às lutas populares. É filho de pequenos agricultores do sul do país. Aos 17 anos iniciou a militância política na Pastoral da Juventude e nas Comunidades Eclesiais de Base da Igreja Católica. Deixou o interior de Santa Catarina para integrar o MST. O segundo passo foi organizar o movimento em outras regiões do país até chegar ao Nordeste. Fincou raízes em Sergipe, onde atuou com lideranças da Diocese de Propriá, do pólo sindical, do Comitê de Apoio a Luta pela Terra, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), do Partido dos Trabalhadores (PT) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
O MST, sob o comando de João Daniel, consolidou-se como um Movimento de referência nacional e conta atualmente com o maior número de famílias sem terra mobilizadas em acampamentos e assentamentos em todo o país.
Faremos um mandato popular, comprometido com lutas sociais. Em caso de projetos que necessitem de mobilização, chamaremos para as ruas, como sempre fizemos, inclusive para a Assembleia. Porém, confiamos no governo que apoiamos, que está empenhado na solução dos problemas como já foi no primeiro mandato, avisa o novo deputado, que pretende atuar na defesa das causas sociais, ajudar os movimentos sociais e fortalecer o Partido dos Trabalhadores ao qual sou filiado desde o dia em que tirei o meu título de eleitor, aos 18 anos de idade.
João Daniel afirma que continuará sua luta para ampliar o número de assentamentos e garantir apoio à iniciativa dos trabalhadores do campo. Segundo ele, o país possui uma dívida antiga com o homem do campo. Temos um problema agrário de 510 anos. No governo Lula muito se avançou, porém as forças conservadoras que atuam no Congresso e no Judiciário impediram maiores avanços. Até porque ela depende de apoio da sociedade brasileira. João Daniel afirma que, em Sergipe, existem em torno de 10 mil famílias assentadas e 12 mil famílias acampadas e milhares de famílias que são posseiras e sem-terra que ainda estão desorganizadas.
Fonte: Jornal do Dia
Cidadania se faz aqui.
Postado por Júnior de Edna Valadares em 08/01/2011
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